Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa
LanCog Group (Language, Mind and Cognition Research Group)
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LANCOG SEMINAR
2013-14: Session 12
Experiência: um estado mental sui generis ou doxástico? Comentários a “In Defence of a Doxastic Account of Experience” (2009) de Kathrin Glüer.
Raimundo Henriques
University of Lisbon
4 de Abril de 2014, 14:00 - horário excepcional
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
Sala Mattos Romão (departamento de Filosofia)
Resumo: Que tipo de estado mental é a experiência? Em “In Defence of a Doxastic Account of Experience” (2009), Kathrin Glüer defende esta é um tipo, uma sub-espécie, de crença, contra a tese (mais popular) segundo a qual a experiência é um estado mental sui generis. A autora responde a três objecções (Argumentos da Modularidade) e argumenta que a tese doxástica permite explicar melhor o papel da experiência (enquanto veículo de razões epistémicas) do que a adversária. Deste modo, não só a tese é plausível como tem vantagens explicativas sem postular a existência de um estado mental radicalmente diferente de todos os outros.
Procurarei levantar alguns problemas à teoria doxástica da experiência. Para tal, tentarei mostrar que existem demasiadas diferenças funcionais e fenoménicas entre a experiência e a crença para que a primeira possa ser uma sub-espécie da segunda. Nesse caso, a experiência seria um tipo de crença sui generis, radicalmente diferente de todas as outras crenças, pelo que uma das motivações para aceitar a posição doxástica perde a sua força. Procurarei ainda mostrar que, embora possa ser considerada ad hoc, a tese da experiência como sui generis tem tanto poder explicativo quanto a doxástica.
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