19 de janeiro de 2010

Aesth/Ethica__Estética-Ética da Filosofia

















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Descrição: "Muito brevemente : Como é sabido , "Aesthetica", obra do leibniziano Baumgarten, de 1750,   inaugura, com este nome , um novo e imenso campo de forças e de possibilidades, o que não significa que não haja reflexão estético-filosófica-artística , anteriormente, e desde sempre. Para todos os efeitos, o baptismo da nomenclatura pertence a este filósofo, que a define, entre outras coisas, como "arte da analogia da razão", "arte de pensar belamente", e, mais importante para nós, como "arte da ficção", "heurística" e "cognição sensível" .
A partir deste novo espaço virtual e inventivo de "ficcionamento" filosófico, e atendendo ainda a uma epígrafe wittgensteiniana, que citamos, sobre a verdadeira produção filosófica através de "poemas" (tratando-se, aqui, de "Dichtung", ou seja, do estilo de investimento ficcional-poético da filosofia), propomos e jogamos com um novo termo, neologismo, seguido do subtítulo do nosso livro : o termo "Aesth/Ethica__ Estética-Ética da Filosofia", onde também ecôa a conhecidíssima e célebre proposição do filósofo do "Tractatus", imensamente glosada e discutida_ "Ética e Estética são uma e a mesma coisa" .
Não desejando entrar em argumentações e contra-argumentações (o "argumentum" é mais "argentum", acuidade e agudeza, diria Agamben), o Autor propõe-se instaurar uma topologia "poi_ética"-"estética" vitalista e infinitista, "vedutista" (cfr. o seu "Vedutismo", pedepagina, 2005), que abre para novos territórios semânticos e estilísticos, novas "formas do conteúdo" (Eco), as Vistas e janelas do pintor setecentista Guardi, que , não isentas da metaforicidade do conceito e do oxímoro que aqui mora, guardam secretamente segredos, espelhos anamórficos, olhares e partituras da alma, não descurando ainda a compreensividade e complexidade de toda a tradição metafísica , sobre ética e estética. Instala-se, deste modo, uma "crença", uma "pistis-sophia" poi_ética-estética quer sobre o Novo, o Raro , o Único, o Último, ou a clara noite do mundo, quer sobre o "Wit" e o "Witz", as sonoridades da cor (ou de um clarão do rosto), a Amizade, a Honra e a inteligência da Bondade.
Este livro , ou "deslivro" , em forma de "líricas" e musicais tópicas e Sonetos-sós, de Sentenças e Papéis da Alma, de Itinerários para a mente e de "Regulae" ou traços do "Homo-pictor", visa , por fim, a soberania simples de uma monadologia ética-estética da Alegria, uma nova "Epístola do Entusiasmo" (mesmo desesperado), da trans-imanência das "paixões alegres" , da energ_ética da criança da criação . Não se reconheçam nele "estados de alma" (e porque não?), mas mais um livro "despojado", do amor e do "ammmar", da "ama" e da "cria", da natureza das coisas e seres, e sobretudo do Outro, do Ser para o Dom e para a Dádiva .
Um "pobre "livro da alma branca que erra, sim, mas sempre em errância de Abismo e de Vida .

Nota : a capa e a fotografia da contra-capa (a pedido, insistente, do Editor, e tirada por um dos filhos do Autor_Francisco Lello Ortigão), e acima de tudo o pedido de inserção dos textos -excertos das badanas, tão generosos e que muito me honram, é também da responsabilidade do Editor da Fenda, o psicanalista Dr.Vasco Tavares Santos, a quem aproveito para dirigir uma palavra de amizade forte__ e , claro está, de errância e eticidade/ética_estética para a política da nova cidade. "

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