16 de fevereiro de 2013

Uma Semântica Simples para Existenciais Negativas


SEMINAR SERIES IN ANALYTIC PHILOSOPHY

2012-13: Session 4

Uma Semântica Simples para Existenciais Negativas


João Branquinho (Universidade de Lisboa, LanCog)

22 Fevereiro 2013, 15:00
Faculdade de Letras de Lisboa
Sala Mattos Romão (departamento de Filosofia)

Resumo: É proposta uma semântica simples para um fragmento importante de predicações singulares de inexistência, frases usualmente tidas como semanticamente problemáticas. O tratamento adoptado depende de duas suposições substantivas de partida: (a) a suposição de que as frases em questão são, do ponto de vista da sua forma lógica, aquilo que parecem ser; (b) a suposição de que o predicado de existência que aí ocorre é um predicado lógico, universal. E depende ainda, mais crucialmente, de uma tese semântica algo controversa acerca da referência singular: a tese de que nomes próprios e outros termos singulares são designadores, não apenas rígidos, mas obstinadamente rígidos, dos objectos que de facto designam (Kaplan). Isto significa o seguinte: uma vez atribuído a um desses termos um objecto como sendo o referente do termo relativamente a um contexto de uso, o termo designará esse objecto com respeito a qualquer estado possível do mundo ou ocasião. Por conseguinte, tal objecto será o objecto referido pelo termo mesmo em relação a estados do mundo ou ocasiões nos quais o objecto em questão não exista. Se isto for correcto, parece haver um sentido no qual a existência não é necessária para a referência, no qual nos podemos referir àquilo que não existe. No entanto, daí não se segue, ou pelo menos não queremos que daí se siga, que há coisas que não existem.

ENTRADA LIVRE

Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa
LanCog Group (Language, Mind and Cognition Research Group)
http://www.lancog.com/
Project Online Companion PTDC/FIL-FIL/121209/2010
Instituto Filosófico de Pedro Hispano, Departamento de Filosofia da UL

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